segunda-feira, 11 de julho de 2011

FILME "TERRA VERMELHA": CAPITALISMO E OS ÍNDIOS GUARANIS

Assistindo o filme “Terra Vermelha” (“BirdWatchers” – “La terra degli uomini rossi”- Itália / Brasil, 2008), tem-se uma noção de como o povo e a cultura indígena é sobrepujada, sufocada pelos dias capitalistas. Impressiona a cena do Índio Guarani Nádio comendo a terra, para mostrar ao agricultor “dono” das terras, que eles, índios são parte natural daquela terra.
A história do filme (um paradoxo: ficcional, mas real) passa-se no Mato Grosso do Sul, onde uma comunidade indígena Guarani-Kaiowá busca manter íntegra sua cultura, suas origens.
Neste cenário, o abuso do álcool, a tentativa de suicídio são formas de fuga encontradas pelos índios, os quais percebendo-se sem identidade, perdem a vontade de viver.O suicídio de duas adolescentes no começo do filme mostra bem isto: aparelho de celular e esmalte nas unhas, confronto entre cultura secular e capitalismo consumista.
Encena-se que no conflito secular pela disputa de terras com os fazendeiros da região, um jovem índio se encontra com a filha de um fazendeiro, a assim se observa que todos os seres humanos são iguais.
Em outro foco, fica evidente o choque de culturas e civilizações, nesta mania que temos de taxar o nosso modo de viver como o modo certo.
A direção do filme é do cineasta nascido no Chile e criado na Itália, Marco Bechis, que deixa claro que antes dos europeus aqui chegarem, a terra já tinha seus donos: os índios.
Vale a pena conferir o filme.

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