terça-feira, 12 de julho de 2011

O MENINO DO PIJAMA LISTRADO

A inocência filtra as dores do mundo. Neste caso, o filme “O menino do Pijama Listrado” (The Boy in the Stripped Pyjamas, 2008, EUA, Inglaterra ) mostra como a ingenuidade, a esperança cativante da infância pode tornar amena atrocidades como as dos dias terríveis do campo de concentração de Auschwitz, na 2º Guerra Mundial.

O filme, fiel ao livro homônimo de John Boyne, mostra Bruno, um menino de 8 anos, cujo pai por ser promovido no exército de Hitler, muda de Berlim para uma casa em um bosque, próximo ao campo de Concentração de Auschwitz. O pai, comandante do campo, aparece rígido e austero, não deixando claro a família o que acontece naquela “fazenda” misteriosa, onde as chaminés lançam fumaça negra e de malcheirosa pelos ares (cremação dos judeus). Bruno, brincando, vai pelo bosque até a cerca do campo de concentração e faz amizade com um menino judeu prisioneiro no campo (de uniforme judeu, daí vem o pijama listrado). Bruno de um lado, o menino do outro e a cerca eletrificada os separando.

O filme é grandioso, por não ter uma cena sequer que envolva sangue e violência, sempre tratando o tema da guerra, holocausto e extermínio de forma sutil, indireta, como se tivéssemos vendo tudo pelos olhos da inocência dos dois meninos, os quais não entendem nada do que acontece em sua volta, justamente por terem em si a pureza dos dias.

Um filme que com seu final arrebatador, pode levar ás lágrimas até os corações mais resistentes as emoções genuínas.

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