quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A IDENTIDADE CULTURAL: VÍDEO INSTIGANTE

Roda de conversa entre acadêmicos de geografia (eu como testemunha). Jovem finlandesa, participante de intercâmbio estudantil, fala com seu sotaque nórdico:
-Quando cheguei ao Brasil (em Florianópolis) me assustei ao sair do aeroporto e ver edifícios, carros, semáforos, ruas pavimentadas. Achava que o Brasil era só floresta...
Com indicação da blogueira Sandra Botelho (do Blog “Mulheres: Anseios e Receios”) o link abaixo fala disso.
Impossível assistir a breve palestra da escritora nigeriana Chimamanda Adiche e não ficar alguns segundos olhando para tela do computador em estado de reflexão. Um mantra visual.
Frente ao intercâmbio da APDARTES com a APEMO, de Moçambique, prezamos justamente isso: não ficar presos “ao perigo de uma história só”. Na verdade, a história dos livros didáticos sempre é contada pelos conquistadores, pelos “vencedores”. Os bandeirantes, heróis, índios guaranis, vilões; dos índios norte americanos nem se fala; da Guerra do Vietnã, os pobres vietcongues são sempre retratados em filmes como “japinhas do mal” e assim vai. Não é a toa que John Locke e Rudyard Kipling deixaram para a história um olhar de menosprezo ao povo Africano.
Antes de tudo, a África é um continente e cada país (embora delimitado pelos colonizadores que bebiam cerveja de gengibre) é um país.
Einstein escreveu que se dissermos 1.000 vezes que um graveto é uma pedra, ele acaba sendo entendido como pedra. È o que acontece com os países africanos. A verdade ocidental não é a verdade universal.
Além da África, estão os países. Além da pobreza, a riqueza cultural de um povo secular. Além da miséria, a capacidade intelectual. Além de uma história só, estão outras diversas histórias. Estas é que de fato atestam o RG cultural, social e econômico do povo africano.

Confira o vídeo aí embaixo, ou então vá ao You Tube no link
http://www.youtube.com/watch?v=O6mbjTEsD58&feature=player_embedded o

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