sexta-feira, 19 de agosto de 2011

JORNALISTAS MOURÃOENSES LANÇAM LIVRO SOBRE A AIDS

Depois de 30 anos do surgimento do vírus da Aids, como é viver com a doença? Foi essa a pergunta que levou três jornalistas de Campo Mourão a pesquisarem sobre o tema, com a intenção de desmitificar a doença que, mesmo depois de três décadas e dos avanços científicos em relação ao tratamento, continua estigmatizada. A pesquisa resultou no livro “Um olhar sobre a Aid´s”, escrito com apoio da Lei Municipal de Incentivo a Cultura, modalidade Fepac e que será lançado dia 09 de setembro na Biblioteca Municipal Professor Egydio Martello, a partir das 20 horas.

De acordo com a jornalista Larissa Bortolli, uma das autoras, a proposta da obra é dar um panorama geral, apresentando à sociedade a situação da Aids em Campo Mourão e região. “A maioria das pessoas acredita que o HIV é algo distante, que acontece bem longe. Na verdade, a gente acaba não enxergando a doença, que é séria, que merece mais debate, mais atenção. Com o livro mostramos que a Aids está aqui, pertinho de mim, de você e que é preciso um olhar sobre”, explica.

Além de Larissa, Ana Carla Poliseli e Paula Fernandes também escreveram o livro Um Olhar sobre a Aids. Além de trazer dados numéricos que mostram a evolução da doença na Comunidade dos Municípios da Região de Campo Mourão (Comcam), as jornalistas conversaram com pessoas que vivem com a doença. No livro-reportagem elas trazem essas histórias e buscam ao menos diminuir o preconceito com a doença. “A Aids existe, ela é real, é grave, mas é tratável. Deveria ser vista como o diabetes, por exemplo. Discriminar alguém porque é portador é ilegal e imoral”, justifica Paula. Ela, assim como as outras autoras, acreditam que a sociedade tem muito a aprender com a história de vida dos portadores. “Quando começamos a gente esperava retratar uma realidade que era formada por estereótipos. Foi um livro para mudar conceitos, os nossos. Conviver com diferentes histórias foi mais do que esperávamos e ajudou a entender melhor o que é conviver com a Aids”, completa Ana Carla

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